sábado, 16 de março de 2013

Compartilhar: A chave para a Economia Verde por Eduardo Pimenta




Compartilhar:  A chave para a Economia Verde
O consumo colaborativo não traz somente redução de despesas e de recursos naturais, mas a necessidade de estabelecer relações de confiança, de respeito. E o compartilhamento não  dever ser só de bens, mas também de experiências.

Modelo Cria Mais Opções de Ser Sustentável
Ele permite que as pessoas tenham acesso as coisas de que precisam, sem acumular material. Possibilita o melhor uso do que temos e também limita a quantidade de coisas que compramos, as quais tem um impacto nos recursos naturais.

Esta mudança de valor está em curso, começa quando as pessoas entendem  que é mais conveniente compartilhar ou trocar do que comprar coisas novas todo o tempo. E se intensifica quando se percebe que há efeitos positivos, tanto para o meio ambiente quanto financeiro.

Cresce no mundo iniciativas de consumo colaborativo, no qual o uso é mais importante  que a posse do bem. O conceito baseia-se na busca de formas de compartilhar, trocar, vender produtos ou serviços. É considerada uma das 10 idéias que podem mudar o mundo (Revista Time, 2012). A prática vem ganhando adeptos no Brasil e já é difundida na Austrália, Estados Unidos e Europa. São iniciativas para organizar caronas, promover o compartilhamento de carros e bicicletas, ou a troca de moradias para as férias. Bem como os sites que fazem intermediação da venda de objetos, ou brechós e as casas de aluguel de roupas.

Na Europa as cidades já tem uma maturidade de planejamento urbano diferente, com o sofrimento advindo das crises tiveram que repensar o consumo. O sistema colaborativo alem de trazer economia, traz muitas vantagens. Uma dificuldade é o tempo de busca e acesso a acervos para troca. O que vem sendo driblado com aplicativos e sites que permitem saber o que está disponível para o compartilhamento no raio de 1 km da sua casa.

Resgate das Relações Interpessoais
Quando se alcança escala, pode se chegar a um modelo de negócios lucrativo, tanto para o empreendedor quanto para o meio ambiente. Para quem já trabalha ou pratica o consumo consciente, é mais fácil se engajar no modelo colaborativo. Neste tipo de consumo, quando a primeira experiência é boa, há um impacto positivo na confiança no ser humano de forma geral, fazendo com que as pessoas ampliem seu comportamento  de compartilhamento.

Essa mudança altera a forma como nós nos relacionamos com os outros e com a sociedade, e também como os negócios são feitos. O importante passa a ser o uso e não a posse, e as empresas tem que passar a pensar a longo prazo. Até em formas de fazer um upgrade nos produtos sem que seja necessário o descarte. É um mundo novo.

O novo modelo demandará nova postura mercadológica das empresas, que pressupõe transformar produtos em serviços. Este modelo é muito próximo da sustentabilidade. Pelo lado da empresa é preciso enfatizar a continuidade do uso daquele produto. Pelo lado da sociedade, é necessário uma mudança de conceito. O mais importante é o desafio de resgatar relações interpessoais.

O consumo colaborativo não traz somente redução de despesas e de recursos naturais, mas a necessidade de estabelecer relações de confiança, de respeito. E o compartilhamento não  dever ser só de bens, mas também de experiências.

Esta Mudança de Modelo levará a uma transição de uma sociedade fortemente industrializada para uma sociedade de serviços. O importante no consumo passa a ser o que da bem estar, não o valor, a posse.

Os varejistas que hoje só pensam em vender bens, vão começar a pensar em aluguel, na prestação de serviços de manutenção. E a demanda por mais serviços significa mais empregos e menos uso dos recursos naturais. Hoje consumimos 50% a mais do que o planeta é capaz de renovar. O compartilhamento é uma solução, sem perda de conforto e de conveniência.

Variações Sobre o Mesmo Tema

  1. Mercado de redistribuição – fazem a intermediação para que as pessoas possam deixar coisas que não precisam mais e enviar para que precisa (Ex: Mercado Livre, Busca Lá, Descola Aí, eBay, thredUP, Freecycle).
  2. Sistemas de Serviços – Permite alugar ou emprestar coisas em vez de comprá-las, como o compartilhamento de carros e casas para viagens (Ex: Zazcar, Caronetas, Fica Lá em Casa, Zip car, BagBorrow).
  3. Estilo de Vida Colaborativo – Sistema pelo qual se pode alugar e dividir itens menos tangíveis como espaço, habilidades e tempo (EX: Cinesi, Couchsurfing, Airbnb, Skillshare, Taskrabbit)

Eduardo Pimenta

Um comentário:

  1. E por falar em verde, natureza, vamos a mais um capitulo da comédia: RIA SE PUDER OU MORRA DE CÓLICA.

    CAPITULO IV: FAUNA E FLORA

    - Oi Fauna! Tudo bem, amiga?
    - Tudo bem, amiga. E você?
    - Tudo verde!
    - Amiga, estou literalmente de folhas caidas!
    - O que foi Flora?
    _ Menina, o Advogado Emergente do Escitório Estilo Barra, disse que a redistribuição dos Royalties é INCONSTITUCIONAL.
    - Não Acredito amiga!
    - Amiga me dê àgua, porque estou seca, com essa novidade!
    - Fauna,querida! Até as raízes das plantas sabem dessa analise juridica.
    -KKKKKKKKKKKKKKKKK

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