segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Manifestantes protestam contra complexo do Club Med em Cabo Frio





Muita gente contra


Ambientalistas presentes


OAB de Cabo Frio compareceu
Moradores de Cabo Frio e Búzios fizeram uma manifestação no domingo (29) pela manhã, contra a construção do complexo Club Med, na Estrada do Guriri, no Peró, em frente da entrada da obra do loteamento de luxo e resort que está acontecendo em área de proteção ambiental, em plena duna.
Os contrários ao empreendimento milionário criaram uma página no Facebook (Vamos salvar o Peró da Especulação Imobiliária), por onde fizeram a convocação que acabou reunindo mais de 30 participantes. 


Nesta segunda-feira (30), o grupo fará uma reunião com o prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa, que já tinha embargado a obra por considerá-la obscura e desvantajosa para população. O grupo espera conseguir a adesão do chefe do executivo municipal para impedir o avanço do projeto.

Na póxima quinta-feira (3/10) os manifestantes irão se encontrar na Aceb de Buzios, às 18h, para traçar estratégias de protestos e ação. Estão previstas ainda reuniões na OAB de Cabo Frio com objetivo de agregar mais pessoas descontentes com a devastação ambiental que está sendo realizada.



Reserva Peró
Coincidentemente a área foi incendiada na semana passada
levantando suspeição dos moradores
Se concretizado em sua íntegra, o projeto Reserva Peró será o maior investimento turístico que a cidade de Cabo Frio já recebeu. O Club Med é apenas um dos empreendimentos previstos para instalação dentro do projeto desenvolvido pelo empresário Ricardo Amaral.
A área total chega a 4,5 milhões de m², mas os empreendedores prometem ocupação inferior a 7%. Segundo o projeto, além do Club Med, o Reserva Peró terá ainda outros hotéis cinco estrelas que ainda não foram definidos, conjuntos residenciais de dois pavimentos, campo de golfe de 18 buracos, centro hípico e esportivo, comércio, circuito gastronômico e hortos.
Prometido, em 2007, para estar pronto em cinco anos, apenas agora surgem os primeiros movimentos de instalação. O empresário Ricardo Amaral justificou o atraso nas obras. "Inúmeros procedimentos legais são necessários para dar inicio a um empreendimento. As etapas estão sendo cumpridas para que se possa dar início às obras com todo o conjunto de outras licenças, aprovações, memoriais de incorporação e todos os documentos legais em ordem. Na licença prévia constam todas as exigências para a retirada da licença de instalação.

Onde eram dunas, agora avenidas de saibro


Segundo Amaral, as licenças ambientais emitidas pelos órgãos licenciadores exigiram minucioso trabalho técnico de nossa parte, além de todas as exigências legais cabíveis. "O procedimento legal será exatamente o descrito pelo promotor do Ministério Público: cada licença de instalação será solicitada após o cumprimento das exigências impostas para tal, contidas na licença prévia. Isso somente será possível depois de cada projeto legal estar realizado, o que leva muito tempo", explicou.

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