terça-feira, 28 de janeiro de 2014

MPE interdita a Prefeitura de Araruama

Ninguém entra, nem sai: Prédio está interditado 
pelo Ministério Público (Moisés Sniper)
Tumulto na porta da prefeitura (Moisés Sniper)


Advogados não param de chegar. Cinco já foram acionados (Moisés Sniper)


Agentes do GAP levam documentos da prefeitura de Araruama (Moisés Sniper)
Suspeita é de fraude em licitações para compra de merenda escolar

Agentes do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP), do Ministério Público Estadual (MPE) cumpriram mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Araruama. A suspeita é de fraude em licitações para compra de merenda escolar. O prefeito Miguel Jeovani e outros sete funcionários, entre eles, a secretária municipal de Educação, Berta Antunes, são acusados de fraudar as licitações.


A terça-feira (28) começou tensa em Araruama. Agentes do GAP, junto com policiais federais entraram na sede do governo municipal às 9h45m. Todos os funcionários tiveram que sair do prédio. A movimentação, até agora, é intensa. Os agentes entram e saem da Prefeitura com computadores e documentos, que estão sendo apreendidos. Os agentes estiveram em empresas e residências de pessoas envolvidas no caso. 

Nada escapa da peneira do GAP. Os agentes estão recolhendo documentos, computadores, smartphones e toda prova para uma investigação de uma denúncia de fraude em licitação e corrupção. 
Policiais federais armados cercam a prefeitura, que tem diversos curiosos acompanhando. Existe ainda a informação, também não confirmada, de os agentes estão indo à casa de empresários que fizeram contratos coma prefeitura.

Fachada

Segundo informações direto da Alerj, o prefeito Miguel Jeovani é acusado de estar envolvido na criação de empresa de fachada que concorria à licitações da prefeitura. A reportagem está tentando contato com a Comunicação municipal, mas sem sucesso.


Inferno astral

Agentes da PF recolhem documentos (foto: Ademir Ferreira)

O prefeito Miguel Jeovani, depois de uma no de governo, entra num verdadeiro inferno astral. Depois de uma decisão para lá de incomum da Justiça, consegue que o grupo "Jornais de Araruama", do Facebook, saia do ar. No espaço, que deveria ser democrático, a população compartilhava denúncias sobre  a cidade. O prefeito não gostou e acionou o jurídico, que funcionou e censurou cerca de 10 mil vozes.

O grupo "Jornais de Araruama", que existe desde 2011 e reúne mais de 10.600 participantes, se tornou fundamental na comunicação local. A cidade, com seus mais de 120 mil habitantes, não tem jornal diário ou semanal nem emissora de rádio comercial FM, TV local, ou mesmo TV a cabo. Restava uma emissora de rádio AM, que era o eterno palco dos embates entre situação e oposição na política do município. Hoje, nem isso. Apesar de ainda estar no ar, todos os horários disponíveis foram alugados à prefeitura.

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