terça-feira, 25 de março de 2014

DIANTE DE CÂMERA: Testemunhas se negam a depor em audiência da CPI dos B.Os em Armação dos Búzios

O bafafá continua e tentativa de tornar a CPI no Big Brother Brasil buziano, com direito a paredão, não dá muito certo


Plateia estava uniformizada, aguardando os depoimentos 
das testemunhas/ Foto: Folha de Búzios


A tentativa de transformar as audiências da CPI dos B.Os, em Búzios, em talk show não está dando muito certo. Na segunda-feira (24), as testemunhas convocadas preferiram o silêncio e algumas simplesmente não compareceram para depor, se apoiando na decisão judicial, que não foi respeitada pelo presidente da comissão, vereador Felipe Lopes. Tudo porque ele, literalmente, queria "emparedar" as testemunhas, como se estas estivessem na versão buziana do Big Brother Brasil (BBB). Usando uma câmera de vídeo, que passava em tempo real, os depoimentos para a plateia presente no plenário, os componentes da comissão julgaram estar seguindo as determinações da Justiça.


Conforme prevê a determinação judicial, a CPI poderia acontecer em sala reservada para a mesma. Foi o que aconteceu. Mas, os nobres membros da comissão, passaram batido sobre um detalhe crucial: a da preservação da identidade das testemunhas, mantendo-as fora de constrangimentos posteriores. O que não seria possível diante do circo armado pela presidência da comissão na audiência desta semana, já que o plenário estava repleto de pessoas vestindo camisas com os seguintes dizeres: "“Chega de Armação em Búzios. Eu apoio a CPI, quero Búzios de verdade”.

O bafafá foi grande, sustentando a tese de que se trata da "CPI do Faniquito". Lamentando a 'desobediência' das testemunhas à ordem judicial, o presidente da CPI dos B.Os chegou a suspender a audiência em 30 minutos. Teve gritos, discussões e até ameaça de tudo acabar na delegacia. 


Ânimos acalmados, Felipe Lopes, reiniciou a audiência que investiga irregularidades nos Boletins Oficiais do município. A intenção era ouvir uma nova testemunha, o motorista responsável pela distribuição dos B.Os da Prefeitura, Marcos Martiliano. Além dele, prestaria novo depoimento o chefe do gabinete da prefeitura da época, Renato de Jesus, e Alberto Jordão, coordenador de comunicação social da prefeitura, mas nenhum deles compareceram.

A partir daí, o presidente da Comissão finalizou a Audiência, informando que a Procuradoria do Legislativo está tomando providências em relação a isso e que as testemunhas poderão responder por crime de desobediência. A queda de braço é grande. Do outro lado, o procurador-geral de Armação dos Búzios, Sérgio Resende, também está trabalhando para impedir o desenrolar da CPI, considerada arbitrária e de interesses, meramente, políticos pela base de apoio ao governo do prefeito André Granado. Para isso, ele busca nova liminar na Justiça.

Entenda melhor o caso:






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