terça-feira, 1 de abril de 2014

Loja abandonada no centro de Cabo Frio é invadida e vira cracolândia

Comerciantes reclamam que menores ameaçam pessoas na Rua Major Belegard. Prefeitura promete providência


Menores vivem em condição subumanas em imóvel abandonado (Fotos: Renata Cristiane)

Renata Cristiane e Diogo Reis

Uma loja na Rua Major Belegard, no centro de Cabo Frio, custa, pelo menos, R$ 3 mil por mês. Mas quem tem comércio na altura da Biblioteca Municipal Walter Nogueira tem pagado muito mais caro, com a insegurança. Segundo relato de comerciantes, menores invadiram um imóvel comercial abandonado e fizeram de cracolândia. Além da denúncia de consumo e venda de drogas, pessoas que passam pelo local têm sido constantemente ameaçadas ao passar ou apenas estacionar o carro.

Área está no centro comercial  da cidade
O imóvel abandonado foi ocupado por pelo menos três adolescentes que, segundo os comerciantes, são dependentes de crack. Eles vivem com, pelo menos, quatro cães. A higienização é precária. Não há ventilação. Apenas uma porta de metal que foi violada para a ocupação. Eles estão visivelmente desnutridos.

"Estamos preocupados com a segurança do local, mas também com essas crianças, que estão visivelmente drogadas, abandonadas aqui e fazendo o que não deve", disse uma comerciante vizinha à cracolândia e preferiu o anonimato.

O comportamento dos jovens é bastante agressivo. Inclusive, a equipe de reportagem do RC24H, que esteve no local, foi hostilizada. Um dos menores se armou com um pedaço de pau e ameaçou caso as autoridades competentes fossem acionadas – lê-se Conselho Tutelar.


"Quero ver quem vai chamar o Conselho Tutelar aqui!", desafiou um deles.

Procurado pela equipe do RC24H, o secretário da Criança e do Adolescente de Cabo Frio, Renato de Carvalho, prometeu montar uma operação em parceria com o Conselho Tutelar e outras secretarias para tomar providências cabíveis.

"Nós não estávamos sabendo dessa situação. Diante desse comunicado, nós da secretaria (da Criança e do Adolescente) vamos montar, junto com a de Serviços Públicos e o Conselho Tutelar, uma operação para acolher essas crianças com todo o necessário ainda hoje (1)", prometeu o secretário.



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