sexta-feira, 4 de abril de 2014

Secretaria de Saúde de Cabo Frio apoia MAMAÇO


Organizadora MAMAÇO CABO FRIO
 se reuniu com secretário Dirlei Pereira nesta quinta-feira

Dirlei fez questão de receber e incentivar a organizadora do Mamaço  

O secretário de Saúde de Cabo Frio, Dirlei Pereira, recebeu nesta quinta-feira (3) em seu gabinete, a empresária Juliana Monteiro, mãe da pequena Eloá, que está organizando para a próxima segunda-feira (7/4), às 10h, no centro de Cabo Frio, uma grande mobilização para a promoção do Aleitamento Materno em qualquer lugar sem discriminação. Participaram da reunião, a diretora do Hospital da Mulher, Dra. Rosalice Almeida, e a diretora do Centro de Saúde Oswaldo Cruz, Dra. Gabriela Magalhães.

Ambas incentivam o aleitamento materno nas unidades de saúde que administram. A campanha para a mobilização, que ganhou destaque nas redes sociais essa semana, começou depois que uma odontopediatra teria expulsado de seu consultório particular mãe e filha durante a consulta do bebê. O caso aconteceu no dia 17 de março e foi fundamental para levantar a questão do direito da mãe amamentar o filho, em público, sem temer represálias ou ser discriminada.


A pequena Eloá mamou até diante das câmaras
- A mãe tem que ter o direito de amamentar o filho em qualquer lugar e devemos incentivar o aleitamento materno até os dois anos de idade da criança. Bebês que são amamentados ficam menos doentes e são mais bem nutridos do que aqueles que ingerem qualquer outro tipo de alimento – reforçou Dirlei Pereira.

Segundo a Dra. Rosalice Almeida, desde 2003, o Hospital da Mulher tem o título de Hospital Amigo da Criança. O título só é concedido pelo UNICEF e pela Organização Mundial de Saúde – OMS – para aquelas unidades de saúde que incentivam o aleitamento materno e promovem a humanização do parto. Ainda de acordo com a médica, os bebês até os seis meses não precisam de chás, sucos, outros leites, nem mesmo de água. Após essa idade, deverá ser dada alimentação complementar apropriada, mas a amamentação deve continuar até o segundo ano de vida da criança ou mais.

Dra Rosalice apoia
 - O aleitamento materno na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois, auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E, além das questões de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho, explicou a médica.

Após o nascimento no Hospital da Mulher, as mães que têm alguma dúvida ou dificuldade em amamentar são encaminhadas para o Centro de Saúde Oswaldo Cruz, que tem uma salinha especial onde elas recebem orientação de especialistas diariamente.

Estudos demonstram que o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida pode evitar, anualmente, mais de 1,3 milhão de mortes de crianças menores de 5 anos nos países em desenvolvimento (Lancet 2008). Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir 22% a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28º dia de vida – nos países em desenvolvimento. No Brasil, do total de mortes de crianças com menos de 1 ano, 69,3% ocorrem no período neonatal e 52,6%, na primeira semana de vida.

Para incentivar o aleitamento materno exclusivo e apoiar mães e famílias no cuidado com seus bebês, o UNICEF utiliza, no Brasil, o kit Família Brasileira Fortalecida e o álbum Promovendo o Aleitamento Materno, para que o município assegure o direito da gestante e do bebê ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida. Também incentiva hospitais e maternidades para que se tornem Hospitais Amigos da Criança, como acontece em Cabo Frio, onde o Hospital da Mulher foi criado com condutas e rotinas para reduzir os altos índices de desmame precoce e promover a humanização do parto.

Por Alexandra de Oliveira

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