segunda-feira, 14 de abril de 2014

Clima de revolta marca velório de homem morto a facadas na Praça da Cidadania, em Cabo Frio

Comunidade do Morubá ainda tenta entender motivos 
que levaram à tragédia e falam em "justiça ou vingança"

Mãe de Juberlan: "elas devem pagar pelo que fizeram e passar o resto da vida na cadeia"

Luciano Moreira

O velório de Juberlan Schellis da Silva, morto a facadas por duas mulheres, na noite do domingo (13), durante uma briga na Praça da Cidadania, em Cabo Frio, foi marcado por um clima tenso e de muita revolta.


Os familiares de Juju, como a vítima era conhecida, ainda procuram explicações para tamanha violência entre pessoas que sempre viveram muito próximas: "o filho dela (Leda Lúcia da Silva Martins), considerava o Juju seu irmão.  Eles foram criados juntos, ela viu ele nascer e crescer.  É muita covardia", disse um parente que não quis se identificar.

Corpo foi velado em Igreja da comunidade do Morubá
Solange: "ele não as agrediu"



O velório aconteceu em uma pequena Igreja que fica na própria comunidade do Morubá. A mãe de Juberlan, Dona Ireni Schellis, muito abalada, fazia questão de enfatizar a amizade entre as famílias e sua revolta com o que chamou de covardia: "elas não podiam ter feito isso com o meu filho.  Foram as duas e os filhos da Cristiane pra cima dele com facas e até garfos... é muito revoltante!  Elas têm que passar o resto da vida na cadeia", disse.



A esposa de Juju, Joana Oliveira da Silva, de 31 anos, estava no velório ainda com um curativo no braço esquerdo, por conta das agressões na Praça da Cidadania.  Ela contou que não houve agressão física por parte de Juberlan: "eles discutiram sim, mas ele não as agrediu", afirmou.

Moradores do Morubá comentaram que as duas mulheres eram conhecidas pelo destempero emocional: "elas são muito barraqueiras. O pessoal até estranhava quando elas estavam calmas".

Alguns parentes foram além dos pedidos de justiça e chegaram a afirmar que se uma delas ou as duas forem soltas, sem punição, que fariam "justiça com as próprias mãos".

Tanto Cristiane quanto Leda Lúcia da Silva Martins estão presas na 132ª DP (Arraial do Cabo) e devem ser transferidas para o complexo prisional de Bangu, na capital do Estado.


Marcas de sangue no local do crime, na Praça da Cidadania
O crime

Juberlan foi morto a facadas por Cristiane da Silva Martins de Almeira, 31 anos, e pela mãe dela, Leda Lúcia da Silva Martins, 61.  Tanto a vítima quanto as acusadas moravam no Morubá e tinham boxes na Praça da Cidadania.

Leia mais: Balanço policial desta segunda-feira na Região dos Lagos

Nenhum comentário:

Postar um comentário